quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Revista Gênero na Amazônia Ed. 23-1/2023

 

 



DOSSIÊ: "Histórias, saberes e práticas das mulheres nas florestas, nos campos, nas águas, nas cidades das Amazônias: entre imagens e movimentos."

O protagonismo de mulheres na região amazônica é inegável e tem sido tema de vários estudos científicos de diferentes áreas de conhecimento. A participação em espaços decisórios e estratégicos é cada vez mais relevante e evidencia que as mulheres atuam como lideranças, mesmo diante da forte influência que o patriarcado ainda exerce em várias sociedades.

As mulheres são trazidas neste dossiê a partir de suas pluralidades, com vistas a oportunizarmos debates que não se encerrem neste ou naquele aspecto de suas identidades étnico raciais, ou aqueles referentes às atividades que realizam no chamado mundo do trabalho, ou às atividades referentes às diferentes cosmologias que estão intimamente ligadas aos seus territórios. Objetiva-se debater questões relativas às realidades de mulheres trans, mulheres indígenas, quilombolas, pescadoras, extrativistas, estudantes, entre outras.

Outro aspecto a explorar é a dimensão das artes nas imagens nesse mundo feminino em geral – cinema, poesia, literatura, pintura - que está trazendo, cada vez mais à tona, as linguagens dessas mulheres em suas diferentes expressões de identidades sociais. Além de suas figuras nem sempre reconhecidas por elas mesmas tratando de suas práticas cotidianas como elementos de inserção na sobrevivência pessoal e da comunidade, denunciam os questionamentos dos saberes e práticas de vivencias regionais.

Com o intuito de apresentar temáticas sobre as experiências de mulheres das Amazônias, miramos os artigos que trazem como aportes teóricos e metodológicos a interseccionalidade tão cara aos estudos sobre relações sociais de gênero, geração, raça/etnia e classe social.

Além da pluralidade das mulheres amazônidas, segundo seus diferentes marcadores sociais, há que se considerar que esta região não se restringe apenas às florestas de terra firme.

A Amazônia é uma região composta por vários outros ecossistemas como é o caso, por exemplo, das florestas de mangues, das áreas de várzeas, dos altiplanos, das áreas ribeirinhas e das cidades com características mais urbanas, e nestes espaços e paisagens as mulheres vivenciam seus particulares processos históricos nos mais diferentes territórios.

Tratar desses aspectos é tratar dos vários feminismos amazônidas que se mantém fortes nas lutas pelos direitos à diversidade, ao racismo estrutural étnico-racial-machista, à vida, aos espaços onde transitam.



Período para submissão: até o dia 30 de abril de 2023:
https://www.periodicos.ufpa.br/index.php/generoamazonia

Organizadoras:
Denise Machado Cardoso (GEPEM/UFPA),
Maria Luzia Miranda Álvares (GEPEM/UFPA)
Maria Mary Ferreira (GEMGE/UFMA)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

EDIÇÃO 22-2 /2022 DA REVISTA GÊNERO NA AMAZÔNIA



 JÁ ESTÁ DISPONÍVEL A EDIÇÃO 22-2 /2022 DA REVISTA GÊNERO NA AMAZÔNIA

“Ciência em saúde é mais que evidência: É humanidade e pluralidade dos saberes” foi o tema do Dossiê da Edição 22-02/2022 da Revista Gênero na Amazônia, e que temos o prazer de oferecer às leitoras e aos leitores da Revista.

Trata-se de um trabalho editorial organizado pela linha de pesquisa do GEPEM/UFPA: Interdisciplinaridade e Reconhecimento Dos Saberes Em Saúde, coordenada pela Profª. Drª. Adelma Pimentel. A edição conta com reflexões teóricas, empíricas, relato de experiência, entrevista e resenha de livros.

Disponível no link: https://www.periodicos.ufpa.br/.../generoa.../issue/view/643

Desejamos que tenham uma excelente leitura.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

25 DE NOVEMBRO - DIA LATINO-AMERICANO E CARIBENHO DE LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA À MULHER - ONU/1999

25 DE NOVEMBRO - DIA LATINO-AMERICANO E CARIBENHO DE LUTA CONTRA A VIOLÊNCIA À MULHER - ONU/1999

O dia 25 de novembro foi denominado o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher homenageando três irmãs, ativistas políticas: Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, brutalmente assassinadas pela ditadura de Leonidas Trujillo, na República Dominicana. O fato, que culminou nesse episódio trágico, originou-se de um agravo sofrido por Minerva, assediada por Trujillo durante o “Baile do Descobrimento”, em 12 de outubro de 1949, para o qual fora convidada toda a família. Impulsiva, a jovem repele injuriada o ditador e, então, toda a família foge do baile antes do final, atitude vista pelos órgãos oficiais como afronta dos Mirabal ao governo. A partir desse incidente as três mulheres e seus familiares passam a sofrer forte repressão.

Perdem a casa e os recursos financeiros, contudo, em um olhar pelo país, percebem o abalo no sistema econômico em geral, com o governo de Trujillo levando ao caos financeiro. Elas formam, então, um grupo de oposição ao regime tornando-se conhecidas como Las Mariposas. Por diversas vezes foram presas e torturadas, mas não deixaram de lutar contra a ditadura. Decidido a eliminar essa oposição, Trujillo manda seus homens armarem uma emboscada às três mulheres, interceptando-as no caminho da prisão aonde iam em visita aos maridos. Conduzidas a uma plantação de cana de açúcar foram apunhaladas e estranguladas em 25 de novembro de 1960. Esse fato causou grande impacto entre os dominicanos que passaram a apoiar as ideias das jovens, reagindo às arbitrariedades do governo e, em maio de 1961, o ditador foi assassinado. (continua no Blog)

https://www.observatorioregional-gepem.com.br/single-post/2019/11/25/viol%C3%AAncia-contra-as-mulheres-e-viol%C3%AAncia-pol%C3%ADtica-a-morte-das-mirabal?fbclid=IwAR0UCOrWkQjnKbDc_JKKeeKUqQjGHeMTWpOTdkOSnLndtVDs5w4ocG2Tvzk

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Aula pública “Gênero, Raça e Classe na Ciência Brasileira”

 




No dia 28 de outubro, sexta-feira, no Mercado de São Brás, ocorrerá a aula pública “Gênero, Raça e Classe na Ciência Brasileira" com a professora Vivian Matias.

Professora Associada da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Vivian Tem experiência em pesquisas científicas transdisciplinares, com ênfase nos estudos de Gênero e Feministas, atuando principalmente nos seguintes temas: feminismos contra coloniais; epistemologias feministas; crítica feminista à ciência e às políticas de ciência e tecnologia.

Traga a sua bandeira, material de campanha e venha se unir a esse ato em defesa da ciência, das mulheres e da democracia!!

Aula pública “Gênero, Raça e Classe na Ciência Brasileira”

Dia: 27 de outubro, sexta-feira

17h00

Mercado de São Brás

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Projeto editorial Dossiê Interdisciplinaridade e saberes em saúde – Agosto - Dezembro2022


  

 Projeto editorial Dossiê Interdisciplinaridade e saberes em saúde – Agosto - Dezembro2022


Em 2020, o pilar da Saúde adquiriu uma dimensão figural no contexto mundial pela afetação no mundo da vida, ou seja, em todas as esferas sociais humanas, animais, natureza e ecológicas pelo acometimento da pandemia da COVID 19, provocando danos em saúde mental, física, social e comunitária.

Deste modo, envidamos esforços para refletir, atualizar e divulgar conhecimentos contendo estratégias de abordagem interdisciplinar em saúde. Assim, pelo GEPEM organizamos o Dossiê Interdisciplinaridade e saberes em saúde cuja proposta é divulgar materiais que focalizem sobre:

a) O conceito de saúde das mulheres;
b) Vivências e cultura pessoal e geracional sobre uso das plantas e ervas medicinais no
tratamento de saúde das comunidades quilombolas e indígenas
c) Psicoterapia gestáltica e centrada na pessoa;
d) Percepções das mulheres sobre o seu lugar no mundo e como usuárias dos serviços
de saúde;
e) Linguagens do cuidado praticadas por mulheres.

Editoras:
Profa. Dra. Adelma Pimentel – UFPA/GEPEM
Profa. Dra. Maria Luzia Miranda Álvares – UFPA/GEPEM Profa. Dra. Maria de Nazareth Malcher – UNB/UFPA/PPGP

Editoras de seção
Resenhas de livros em Gestalt-terapia e fotobiografias: Profa. MS. Lorena Schalken – UFPA/PPGP/NUFEN

Relatos de experiência: Profa. Especialista Lorena Santana – UFPA/PPGP/FOCO

Convidamos as pesquisadoras e pesquisadores que atuam nas Universidades Públicas e Privadas; nas Instituições de Saúde Mental; Saúde da Família; Unidades Básicas; Hospitais; profissionais liberais; ativistas de Organizações Sociais a enviar artigos nas formas de:

1. relatos de pesquisa: 15 laudas
2. relatos de experiência: 10 laudas
3. resenhas de livros sobre saúde mental; PICs; Fenomenologia; Gestalt-terapia publicados
em 2021: 10 laudas
4. fotobiografias: 10 laudas

Sobre a Revista: Qualis B2.
Link: http://www.generonaamazonia.com/index.php Enviar para: adelmapi@ufpa.br
Normas: ABNT
Prazo: 31/09/2022

sábado, 27 de agosto de 2022

28 ANOS DE GEPEM

 


GEPEM/UFPA – 28 ANOS NESTE 27 DE AGOSTO DE 2022

Um Percurso entre chegadas e (novas) caminhadas

Os primeiros diálogos para a criação de um grupo de estudos sobre a questão da mulher ocorreram no início dos anos oitenta, entre as Professoras Edna Castro, Rosa Acevedo e sua então orientanda no NAEA, Luzia Álvares, docente do Departamento de Ciências Sociopolíticas, do CFCH/UFPA, que àquela altura realizava sua pós-graduação. As três se reuniram e esboçaram um primeiro documento sobre objetivos e metas de criação do grupo.

Essa articulação foi retomada após o I Encontro de Pesquisadoras sobre a Mulher e Relações de Gênero do Norte e Nordeste, promovido pelo NEIM/UFBA, em 1992 – chamado pelas Professoras Ana Alice Costa e Cecília Sardenberg, que culminou com a criação da REDOR-N/NE. O modelo desse evento estimulou, no âmbito paraense, a que o grupo inicialmente formado no NAEA com três participantes, fossem agregadas/os outros/as pesquisadoras/es, contemplando várias áreas de conhecimento, como: História (Nazaré Sarges, Edilza Fontes, José Maia); Psicologia (Eunice Guedes e suas bolsistas do PIBIC); Antropologia (Angélica Motta-Maués); Ciência Política (Luzia Álvares); Literatura (Eunice Santos); Saúde (Suzanne Serruya/UEPA). Com essa adesão ampliou-se a chamada a outros/as docentes da universidade, culminando com a oficialização do grupo, no Auditório do IFCH/UFPA, em 27/08.

Esse processo constituiu um marco de efeitos colaterais sobre o enfoque de estudos e da história das mulheres, ao congregar tanto pesquisadoras da UFPA quanto de universidades particulares e estaduais do Pará, formando um eixo interdisciplinar em diversas áreas de conhecimento com as Ciências Humanas e Sociais, Letras e Artes, Saúde, Educação etc.

Entre os anos 1992 e 1994, os indícios no ambiente amazônico, da nova temática estava se tornando um ponto de convergência, um centro de debates, na rede teórica das Ciências Sociais e nos movimentos de mulheres. A representante do CFCH no Comitê de Pesquisa da UFPA, Profa. Maria Angélica Motta-Maués organizou e realizou, em janeiro de 1992 , o I Encontro de Pesquisadores do Centro de Filosofia, publicizando os resultados de pesquisas e os projetos em andamento naquela unidade acadêmica, reunindo-se sete comunicações no Grupo Temático I – “Questões de Gênero: Identidade, Processos de Trabalho e Participação Política.

O VI Encontro de Ciências Sociais Norte/Nordeste, realizado em Belém (PA), com o apoio do NAEA, em maio de 1993, registrou, entre os grupos temáticos, o referente à Mulher e Relações de Gênero, com inscrição de trabalhos de pesquisadores/as dessas duas regiões.

O evento internacional A Amazônia e a Crise da Modernização, promovido pelo Departamento de Ciências Humanas do Museu Paraense Emílio Goeldi, à frente a Profa. Maria Ângela D’Incao, em setembro de 1993, reuniu em conferência “um número considerável de intelectuais brasileiros e estrangeiros, jornalistas, políticos e representantes de movimentos sociais interessados na questão da Amazônia“, com vista a discutir “as possibilidades do desenvolvimento sustentável dentro do ‘background’ dos grandes projetos, da industrialização e das metrópoles na Amazônia”. O GT Diversidade e Gênero acolheu a inscrição de cinco trabalhos, sendo quatro selecionados, para a composição do livro A Amazônia e a crise da modernização:Educação e (In)Submissão Feminina no Pará”, de Álvares; “Quando chega essa “ visita”, de Motta-Maués; “Mulher na padaria dá problema de amores”, de Edilza Fontes; e “Uma presença discreta: a mulher na pesca”, de Maneschy.

Estes eventos são demonstrativos da trajetória marcante de pesquisadoras/es que mantinham diálogo interdisciplinar com o assunto, alguns/as sendo remanescentes dos primórdios dos estudos, na UFPA, sobre a condição feminina, na década de 1980, como Maria Angélica Motta-Maués e Jane Felipe Beltrão.

Com isso, foi possível realizar uma agregação destas pesquisadoras em um grupo de estudos e, na manhã do dia 27 de agosto de 1994, numa reunião histórica, primeiramente, no auditório do então Centro de Filosofia e Ciências Humanas/UFPA, e para registrar formalmente a presença do grupo e a relação com a patrona, no dia seguinte, na Praça “Eneida de Moraes” (ainda em projeto) oficializou-se a criação do Grupo de Estudos e Pesquisas “Eneida de Moraes” sobre Mulher e Relações de Gênero - GEPEM.

Muitas histórias nesses 28 anos de presença numa sala de pesquisa nos altos do CFCH, liberada pela então diretora, Profa. Terezinha Gueiros, para meus estudos pessoais e de pesquisas, hoje identificada como “sala de pesquisa do GEPEM”.

O processo de construção de saberes num espaço onde o conhecimento científico tem um padrão tradicional, nestes 28 anos, manteve a presença constante de pesquisadoras/es da área de gênero e mulheres em atividades múltiplas e formatou a transversalidade entre as grandes teorias e os enfoques contemporâneos que expunham diferenciais nos marcadores sociais, quando se processavam com a perspectiva de gênero. Essa conquista de espaço pelo GEPEM com a problemática da diversidade pode ser evidenciada na produtiva aprovação de pesquisas com temas sobre a situação feminina, as construções e hierarquias de poder, as diferenças das relações entre homens e mulheres construídas culturalmente, as expressões de sexualidades, as questões étnicas – temas que têm agregado pesquisadores/as, bolsistas, orientandos de graduação e pós-graduação, com divulgação dos resultados em seminários, encontros, oficinas e outros eventos promovidos e/ou apoiados pelo grupo, não só em nivel local, mas regional e nacional.

Os estudos de gênero nos ajudaram a problematizar a noção de sujeito universal e mostrar o caráter hierárquico e assimétrico subjacente à construção de feminilidades e masculinidades. Eles nos ajudaram, também, a quebrar com a noção de identidades uniformes. A dar sustentabilidade ao que hoje as políticas públicas estão multiplicando em nome dos estudos de diversidade, educação e cultura. As marcas sociais foram cada vez mais introduzidas nas pesquisas a fim de dar conta da multiplicidade de práticas e representações de mulheres e homens, pautados em diferenças: étnicas, raciais, status e classe social, geração, sexualidade e orientação religiosa, para destacar apenas alguns dos principais marcadores. No percurso destas descobertas da potencialidade destes estudos, a cada dia se acham mais enriquecidas pelas versões da diversidade das áreas de conhecimento e das demandas sociais em problemas emergentes.

Ao criarem suas vertentes de estudos dentro de áreas de conhecimento onde se posicionaram na academia, pesquisadoras e pesquisadores continuam a aprendizagem desses estatutos procurando generificar alguns resultados que se institucionalizariam sem a base crítica dos estudos sobre gênero. Inseridas em linhas de pesquisa de programas de cursos de graduação e de pós-graduação, incorporam estas discussões em seus respectivos programas. Todas essas ações mostram a importância deste grupo de manter suas atividades e continuar aglutinando e dando visibilidade institucional às suas atividades, ampliando a rede de pesquisadores e pesquisas e a solidificando ações e intercâmbios já iniciados.

Desse leque acadêmico temos clara a nossa aliança com os movimentos de mulheres do Pará para subsidiarmos as questões teóricas com as discussões sobre as situações práticas vivenciadas e que se tornam as contribuições necessárias às linguagens e olhares de um cotidiano nem sempre visível ao conhecimento científico.

Ao longo desse período de atuação, manteve um fluxo permanente de atividades no formato de palestras, cursos, pesquisas e encontros integrados junto aos movimentos de mulheres e feministas, assim também, discussões específicas relativas ao meio ambiente regional e sobre as inquietações mais recentes da sociedade em torno da violência doméstica e sexual, trafico de mulheres e de pessoas e de outras ações que tendem a contribuir numa agenda política importante dos movimentos sociais.  

Desse compromisso acadêmico continuamos o pacto sempre presente nos objetivos iniciais firmados pelas mestras Edna Castro, Rosa Acevedo e Maria Angélica Maués sobre a questão da diversidade de gênero posicionadas na luta pelos direitos humanos.

Neste 27 de agosto de 2022, estamos em festa, recolhidos, ainda, devido ao tempo de pandemia e o isolamento social que retraduziu as atividades presenciais em eventos virtuais, estes ainda esporádicos entre nós. Mas vamos continuar nossa agenda de eventos, de projetos de pesquisa, de leituras em metodologia dirigida e outras arquiteturas que nos levem a avançar. Há esperança e fé.

GEPEM/UFPA! Presente!

domingo, 7 de agosto de 2022

A 21ª edição da Revista Gênero na Amazônia já está disponível!


 

A 21ª edição da Revista Gênero na Amazônia já está disponível!

Os textos repercutem resistências, lutas e mobilizações coletivas para recuperação e ma- nutenção da liberdade, entendida como autonomia e princípio ao guiar a vida que circula o corpo e os gêneros. Quanto à forma, há pesquisas envolvendo a metodologia da análise docu- mental; revisão de literatura; pesquisa empírica; e relatos de experiência. No campo da Terapia Ocupacional, houve contribuição significativa, assim como discussão sobre violência doméstica com o foco nas vítimas indiretas do feminicídio.

E, na categoria entrevistas, temos o relato da Dra. Ana Cristina Álvares Guzzo, médica, importante personalidade que atua na área da saúde materno-infantil.

Em todos esses estudos e depoimentos, nota-se o esforço em produzir conhecimentos sobre as formas de resistência, as lutas, as ousadias e as conquistas de espaços para as mulheres, sejam amazônidas, brasileiras e latino-americanas.

ReSisTir é o nosso nome!

A 21ª edição da Revista Gênero na Amazônia pode ser acessada através do link:  

www.generonaamazonia.com/edicao-21.php

Boa leitura!

terça-feira, 28 de junho de 2022

NOTA PÚBLICA: RESISTIR ÀS VIOLÊNCIAS INSTITUCIONAIS NO EXERCÍCIO DOS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS NO BRASIL

 


NOTA PÚBLICA: RESISTIR ÀS VIOLÊNCIAS INSTITUCIONAIS NO EXERCÍCIO DOS DIREITOS SEXUAIS E REPRODUTIVOS NO BRASIL

Nós, pesquisadoras e pesquisadores do Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Violência na Amazônia da Universidade Federal do Pará (NEIVA/UFPA), vimos a público manifestar nosso repúdio às recentes violências institucionais noticiadas pela imprensa nacional contra direitos sexuais e reprodutivos de meninas e mulheres, assegurados pela legislação brasileira e internacional.

O acesso ao aborto em caso de gravidez decorrente de estupro tem amparo legal e deve ser garantido a todas as meninas e mulheres que procurem as instituições responsáveis por esse atendimento, com sigilo, segurança e tratamento de forma humanizada, independente de ação judicial ou registro de ocorrência, nos termos do Código Penal. Também deve ser garantido de forma sigilosa, humanizada e protegida o ato de entrega voluntária do bebê para adoção, conforme Estatuto da Criança e do Adolescente.

Os atos de agentes públicos que submetam vítimas ou testemunhas de violência a procedimentos desnecessários, repetitivos ou invasivos, desconsiderando suas opiniões e levando à produção de mais sofrimento, devem ser tratados como violência institucional e devem ser responsabilizados conforme a legislação vigente, ainda que acreditemos que o melhor caminho é o trabalho de formação em direitos humanos e direitos sexuais destes sujeitos, para uma efetiva mudança da cultura institucional.

Não compactuamos com qualquer prática atentatória a direitos conquistados por meninas e mulheres no Brasil, inclusive aquelas praticadas pelos agentes públicos e privados que tem o dever legal de atuar na garantia desses direitos. Seguiremos resistindo a esses retrocessos e lutando cada vez mais pelo avanço no acesso aos direitos sexuais e reprodutivos a todas as meninas e mulheres! 

 

Assinam:

- Andreza do Socorro Pantoja de Oliveira Smith (Professora da Faculdade de Direito da UFPA)
- Assis da Costa Oliveira (Professor da Faculdade de Etnodiversidade da UFPA)
- Luanna Tomaz de Souza (Professora da Faculdade de Direito da UFPA)

- Maria Luzia Miranda Álvares (Professora da Faculdade de Ciências Sociais da UFPA) -Milene Maria Xavier Veloso (Professora da Faculdade de Psicologia da UFPA)

-Verena Holanda de Mendonça Alves (Professora da Faculdade de Direito da UFPA)
- Maria Eunice Figueiredo Guedes (Professora da Faculdade de Psicologia da UFPA)
- Liliane Silva do Nascimento (Professora da Faculdade de Odontologia do Instituto de Ciências da Saúde da UFPA)

- Genylton Odilon Rego da Rocha (Professor do Núcleo de Educação Básica) - Edna Abreu Barreto (Professora da Faculdade de Educação)

sexta-feira, 20 de maio de 2022

"Histórias, Saberes e Práticas: mulheres e maternidade” GEPEM UFPA


Histórias, Saberes e Práticas: mulheres e maternidade”

 

No dia 30 de maio, às 17 horas, o GEPEM/UFPA, em parceria com o Grupo GERAR/UFRA, apresentará a mesa-redonda “Histórias, Saberes e Práticas: mulheres e maternidade”.

No mês do Dias das Mães, recordamos que para a maioria das mulheres no mundo, maternidade se conjuga mal com emprego, envolve pesados custos materiais e pessoais, sentimento de culpa, escolhas difíceis entre investir em carreira e cuidar da prole... E por quê? Maternidade é atribuição só de mulher? Ou é base da vida e, portanto, bem comum? Os chamados “mercados” operam como se não dependessem dos espaços privados, onde tantas mulheres lutam para juntar as pontas da sobrevivência a cada mês e responder às demandas sociais. Tudo isso, como sabemos, ao preço de discriminações salariais, menor acesso a postos de comando e a direitos previdenciários, além de maior vulnerabilidade a opressões. Essas questões motivam a Mesa-Redonda, que reunirá mulheres profissionais que enfrentaram e enfrentam o desafio da maternidade e do mercado de trabalho, trazendo suas histórias, práticas e saberes na condução de suas vidas.

 

Maria Mary Ferreira

É professora Associada do Departamento de Biblioteconomia da Universidade Federal do Maranhão e do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas/UFMA. É Pós doutora em Informação e Comunicação em Plataformas Digitais pela Universidade do Porto/Portugal (2019). Doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista (2006). Fez Estágio doutoral na Universidade de Coimbra em Portugal (2005). Mestrado em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Maranhão (1999). Especialização em Metodologia do Ensino Superior (UFMA, 1995). Especialização em Organização de Arquivos pela USP (1991). Graduada em Biblioteconomia (1981). Tem experiência nas áreas de Sociologia e Biblioteconomia com ênfase em Gênero e Políticas Públicas, atuando principalmente nos seguintes temas: mulher - política, mulher - relações de gênero, cidadania, mulher - poder e ainda políticas públicas, informação e poder, bibliotecas públicas e escolares e mercado de trabalho bibliotecário. É Membro da Coordenação Estadual do Fórum Maranhense de Mulheres.

 

Ruth Helena Cristo Almeida

É Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará - UFPA (2002), Mestre em Sociologia Geral pela UFPA (2005) e Doutora em Ciências Agrárias pela Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA (2013). Atualmente é professora da UFRA ministrando a disciplina Sociologia Rural e Agricultura Familiar. Coordena o Grupo de Pesquisa em Relações de Gênero e Ruralidades Amazônicas (GERAR). Possui experiência nas áreas de Sociologia, atuando principalmente nos seguintes temas: relações de gênero, agricultura familiar, relação empresas e comunidades, mapeamento participativo de recursos naturais, unidades de conservação e conflitos sociais.

 

Ida Lenir Gonçalves

É mestre em sociologia e doutora em ciências sociais/UFPA. Possui estudos e pesquisas sobre questões da sociologia do trabalho e organizações, no comércio, sistema financeiro, segurança pública, pescadores, reservas ambientais e mineração. É bancária e professora aposentada.

 

A live será no dia 30 de maio, às 17h00 no Facebook e Youtube do GEPEM.

quinta-feira, 12 de maio de 2022

ELEIÇÕES IFCH - EDDILA MOURA




EDILA MOURA - Associada do GEPEM/UFPA

Hoje iniciamos o período de campanha para a eleição da gestão IFCH 2022-2026.
 
Convidamos você a refletir sobre nossas propostas.
 
*Esperançar* – representa uma atitude de construção do futuro que se almeja com ações direcionadas para a transformação da realidade, pautadas nos valores da ciência e da educação, com mais justiça, participação social e solidariedade.
 
Esperançar no IFCH é investir em seu crescimento como espaço democrático e de produção de conhecimento através de uma gestão que valorize a transparência e o diálogo com os múltiplos protagonistas que compõem a comunidade universitária, em respeito à Democracia, diversidade, no suporte à Universidade Pública, gratuita e de qualidade.
 
Na busca por uma educação inclusiva que envolva todos os segmentos e que seja facilitadora de relações de respeito e de efetiva solidariedade entre pessoas, gêneros, etnias, e outras expressões identitárias.
 
Estimulando o protagonismo estudantil na construção de uma perspectiva que transpasse a formação curricular e privilegie a dignidade humana, a qualidade de vida, a saúde mental e a formação cidadã.
Venha Esperançar conosco.
 
Participe! Você pode ajudar a construir um mundo melhor.
Edila Moura e Aline Menezes.

terça-feira, 5 de abril de 2022

LIVE DE LANÇAMENTO 20˚ EDIÇÃO REVISTA GÊNERO NA AMAZÔNIA, DOSSIÊ: MULHERES, CULTURA E IDENTIDADE NEGRA



O lançamento da 20˚ edição da Revista Gênero na Amazônia será realizado através do Facebook do GEPEM.

Os artigos apresentados no dossiê articulam temas de imenso valor social e histórico para refletir as relações de gênero e perspectivas de ação feminina em diferentes situações culturais, levando em consideração as análises teórico-metodológicas a partir do conceito de feminismo interseccional (AKOTIRENE, 2019). Foram reunidos artigos que, articulados com a proposta do dossiê nos brindam com um conjunto de escritos potentes sobre o protagonismo da mulher negra e a sua representatividade social e política. A linguagem e a comunicação, em várias formas e instrumentos, são caminhos a partir dos quais as autoras dos textos veiculados põem em circulação ideias e práticas exitosas para anunciar as lutas atemporais das mulheres negras. Atentando, principalmente, para as suas intervenções na vida pública, em que pese a sua capacidade de intervir em situações de violência e desigualdades.


Dia: 18 de abril
Hora: 19h00
Facebook do GEPEM

Acesso através do link da Bio.

quarta-feira, 30 de março de 2022

Revista Gênero na Amazônia, com o Dossiê: "Mulheres, cultura e identidade negra”

Já está disponível, de forma online, a 20ª edição da Revista Gênero na Amazônia, com o Dossiê: "Mulheres, cultura e identidade negra”.

 

O presente dossiê “Mulheres, cultura e identidade negra” considerou trazer, para o centro das discussões, de que maneira a atuação, a trajetória e a história das mulheres negras se relacionam e interferem nas suas experiências de vida frente às diferentes formas de opressão às quais são submetidas cotidianamente A estrutura social, na qual essas mulheres atuam, se aglutina para além das relações de gênero, pois integram questões como racismo, classe social, sexualidade e sexismo. Na existência, as pessoas, sobretudo as mulheres negras, sofrem as múltiplas opressões como cargas simultâneas. Elas atingem todos os aspectos da vida social (COLLINS; BILGE, 2021). Nesse sentido, é no meio social, através de trajetórias individuais ou coletivas, que mulheres vivenciam tensões e sociabilidades de gênero relacionadas com a experiência da diáspora africana para o Brasil.

Os artigos apresentados neste dossiê articulam temas de imenso valor social e histórico para refletir as relações de gênero e perspectivas de ação feminina em diferentes situações culturais, levando em consideração as análises teórico-metodológicas a partir do conceito de feminismo interseccional (AKOTIRENE, 2019). Reunimos artigos que, articulados com a proposta do dossiê, nos brindam com um conjunto de escritos potentes sobre o protagonismo da mulher negra e a sua representatividade social e política. A linguagem e a comunicação, em várias formas e instrumentos, são caminhos a partir dos quais as autoras dos textos veiculados põem em circulação ideias e práticas exitosas para anunciar as lutas atemporais das mulheres negras. Atentando, principalmente, para as suas intervenções na vida pública, em que pese a sua capacidade de intervir em situações de violência e desigualdades.

Antonia Lenilma Meneses de Andrade (UNESP)
Carolina Christiane de Souza Martins (UFPA)
Luiz Augusto Pinheiro Leal (UFPA)
Siméia de Nazaré Lopes (UFPA)

Boa leitura!

20ª edição da Revista Gênero na Amazônia: " Mulheres, Cultura e Identidade Negra": http://www.generonaamazonia.com/edicao-20.php

sexta-feira, 4 de março de 2022

DIA INTERNACIONAL DA MULHER/ GEPEM UFPA - MESA REDONDA MULHERES, PODER, PODERE

DIA INTERNACIONAL DA MULHER/ GEPEM UFPA

MESA REDONDA

MULHERES, PODER, PODERES

 

Há várias interpretações quando tratamos de poder e, ao evocarmos as mulheres, tradicionalmente leva-se em consideração, de forma recorrente, a relação desse gênero com a política partidária, eleições e suas múltiplas vertentes nesse campo. Michel Foucault (1979) respondeu a essa evidência sobre a genealogia do poder, confirmando que o poder é uma relação, não é um objeto, nem uma coisa, daí porque esse caráter relacional ampliava o seu exercício para fora dos espaços onde estivessem ocorrendo as lutas visíveis.

É nessa perspectiva que o GEPEM/UFPA, para celebrar o Dia Internacional da Mulher, convidou quatro palestrantes de áreas diversas, para evidenciar que a relação das mulheres circula em meio às “normas sociais” e repercute seus poderes, suas estratégias de resistência ao status quo de modelos tradicionais, em que marcadores sociais como raça, classe, gênero e geração teimam em sofrer “apagamentos” dos modelos de representação, evidenciando-se a análise focaultiana sobre as relações de poder.

📝 Vivi Reis é Fisioterapeuta, educadora popular, feminista e militante política brasileira. Deputada Federal pelo PSOL.

📝 Karen Santos é Socióloga e Mestre em Ciência Política pelo PPGCP/UFPA, Professora Universitária, pesquisadora nas áreas de sociologia e ciência política. Coordenadora de Pesquisa, extensão e internacionalização da Faculdade Estácio do Pará.

📝 Samara Dias Siqueira é Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFPa, na área de Sistema Penal e Direitos Humanos. Coordenadora Adjunta do IBCCrim/PA.

📝 Ana Caroliny Pinho é Mestre em Ciências da Comunicação/UFPA. Especialista em Assessoria de Comunicação e em Jornalismo, Cidadania e Políticas Públicas. Jornalista no projeto de extensão Academia Amazônia (Facom-UFPA) e assessora de comunicação na Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará.

As palestrantes estão realizando o Curso de Especialização “Análise das Teorias de Gênero e Feminismos na América Latina”/IFCH/UFPA. 

 

* Dia 09 de março de 2022

* Às 16h

* A Live acontecerá no Facebook e YouTube do GEPEM

* Facebook.com/projetogepem

* YouTube GEPEM UFPA