segunda-feira, 30 de maio de 2016

FEMINISMOS - SEMINÁRIOS - NOVO CALENDÁRIO


No último dia 24/05, previsto para realizar o seminário Feminismo Ecológico ou Ecofeminismo” houve greve de ônibus, impossibilitando a sequência de datas previstas para essa atividade.
Dessa forma, as novas datas para dar continuidade a esses seminários deste 1º semestre 2016 estão assim organizadas.

JUNHO

07/06- Feminismo Ecológico ou Ecofeminismo

Texto 01: ANGELIM, Rosângela. Mulheres, ecofeminismo e desenvolvimento sustentável diante das perspectivas de redistribuição e reconhecimento de gênero. In: Revista Eletrônica Direito e Política. V.0, n0 3, Set/Dez, 2014.
Vídeo: Depoimento de Vandana Shiva: O tempo e o modo - https://www.youtube.com/watch?v=7G6c2QYf8e8

Imagem extraída do Blog lugardemulher.com.br 

14/06 – O FEMINISMO NEGRO E A INTERSECCIONALIDADE

Nos anos 20, tempo em que se dava a primeira onda do feminismo, as reivindicações das feministas eram pautadas somente na questão da igualdade de gênero. Neste tempo, o movimento era formado por mulheres brancas, de camadas sociais médias e intelectualizadas, provocando um espaço pouco evidente para as mulheres trabalhadoras, da classe menos favorecida, e mulheres negras.
Devido a essa exclusão as mulheres negras buscaram seu espaço dentro do movimento, e foi o que aconteceu. Não foi uma inserção tão amigável e homogênea, haja vista que as pautas das mulheres negras diferiam das que eram apresentadas pelas mulheres brancas. As negras, além de discriminação de gênero, sofriam também pelo racismo e o preconceito de classe. O racismo foi considerado a discriminação mais perversa, uma vez que anula/rejeita o corpo das mulheres negras impondo barreiras para o acesso aos espaços de poder.
Para pensar como as opressões podem se intercruzar afastando o isolamento das categorias sociais, foi apresentada a proposta de conceituação da interseccionalidade, vista como de grande relevância. Segundo a filósofa e feminista negra Djamila Ribeiro, a interseccionalidade nos ajuda além de evidenciar a opressão, auxilia no sentido de articular a luta feminista visando eliminar as diversas opressões aplicadas à situação das relações de gênero. Entre as principais figuras que utilizam a interseccionalidade como ferramenta estão: Kimberlé Crenshaw, Audre Lorde, bell hooks e,no Brasil Lélia Gonzalez.
Kimberlé Crenshaw, professora de Direito, foi a primeira a trazer esse debate, na década de oitenta, embora admitisse que as mulheres negras de épocas passadas já tratavam sobre a interseccionalidade. Ela cunhou esta discussão porque as leis da sua época tratavam gênero e raça como separados, defendeu que ambos estão conectados e este aspecto deveria ser levado em consideração nas discussões jurídicas que envolvem pessoas com esses marcadores.
Ao avaliarmos essas nova discussão, as associadas do GEPEM concluiu que seria adequado discutir Feminismo Negro e interseccionalidade integrados visto que esta é uma ferramenta de análise pautada pelo Feminismo Negro. Com isso, ratificamos o protagonismo das mulheres negras, considerando os custos da opressão pela parcialidade dos estudos de gênero ao longo de todos esses anos.


Texto 01: CRENSHAW, Kimberle. A intersecionalidade da discriminação de raça e gênero.

Texto 02: CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero.

Videos de Lélia Gonzalez:
1-   Lélia Gonzalez – Parte 1- https://www.youtube.com/watch?v=o9vOVjNDZA8
2-   Lélia Gonzalez – Parte 2- https://www.youtube.com/watch?v=aiTfzVKhsGw
3-   Lélia Gonzalez – 1981- https://www.youtube.com/watch?v=dYbXevFB0xI
4-   Cultne - Lélia Gonzalez - 20 de Novembro de 1988 - https://www.youtube.com/watch?v=BFnvKcsLqJI
5-   Projeto Memória – Lélia Gonzalez: o feminismo negro no palco da história - https://www.youtube.com/watch?v=7YYdb6Cl-Mk

28/06 – Feminismo negro II

Texto 01: hooks, bell. Mulheres Negras Moldando a Teoria Feminista, 1984.

Texto 02: WERNECK, Jurema (org.) Mulheres Negras na primeira pessoa. Porto Alegre, Redes Editora, 2012. Introdução e CEDENPA-PA, p.13-16; 51-66

Vídeo: O futuro do futuro – Jurema Werneck – TEDx – Goiânia - https://www.youtube.com/watch?v=LzUq2qTpmFw