No
último dia 24/05, previsto para realizar o seminário “Feminismo Ecológico ou Ecofeminismo” houve greve de ônibus,
impossibilitando a sequência de datas previstas para essa atividade.
Dessa forma, as novas datas para dar
continuidade a esses seminários deste 1º semestre 2016 estão assim
organizadas.
JUNHO
07/06- Feminismo Ecológico ou
Ecofeminismo
Texto 01: ANGELIM, Rosângela. Mulheres, ecofeminismo e desenvolvimento sustentável diante das
perspectivas de redistribuição e reconhecimento de gênero. In: Revista
Eletrônica Direito e Política. V.0, n0 3, Set/Dez, 2014.
Vídeo: Depoimento de Vandana Shiva: O
tempo e o modo - https://www.youtube.com/watch?v=7G6c2QYf8e8
Imagem extraída do Blog lugardemulher.com.br
14/06 – O
FEMINISMO NEGRO E A INTERSECCIONALIDADE
Nos
anos 20, tempo em que se dava a primeira onda do feminismo, as reivindicações
das feministas eram pautadas somente na questão da igualdade de gênero. Neste
tempo, o movimento era formado por mulheres brancas, de camadas sociais médias
e intelectualizadas, provocando um espaço pouco evidente para as mulheres
trabalhadoras, da classe menos favorecida, e mulheres negras.
Devido
a essa exclusão as mulheres negras buscaram seu espaço dentro do movimento, e
foi o que aconteceu. Não foi uma inserção tão amigável e homogênea, haja vista
que as pautas das mulheres negras diferiam das que eram apresentadas pelas
mulheres brancas. As negras, além de discriminação de gênero, sofriam também
pelo racismo e o preconceito de classe. O racismo foi considerado a
discriminação mais perversa, uma vez que anula/rejeita o corpo das mulheres
negras impondo barreiras para o acesso aos espaços de poder.
Para
pensar como as opressões podem se intercruzar afastando o isolamento das
categorias sociais, foi apresentada a proposta de conceituação da
interseccionalidade, vista como de grande relevância. Segundo a filósofa e
feminista negra Djamila Ribeiro, a interseccionalidade nos ajuda além de
evidenciar a opressão, auxilia no sentido de articular a luta feminista visando
eliminar as diversas opressões aplicadas à situação das relações de gênero.
Entre as principais figuras que utilizam a interseccionalidade como ferramenta
estão: Kimberlé Crenshaw, Audre Lorde, bell hooks e,no Brasil Lélia Gonzalez.
Kimberlé
Crenshaw, professora de Direito, foi a primeira a trazer esse debate, na década
de oitenta, embora admitisse que as mulheres negras de épocas passadas já
tratavam sobre a interseccionalidade. Ela cunhou esta discussão porque as leis
da sua época tratavam gênero e raça como separados, defendeu que ambos estão
conectados e este aspecto deveria ser levado em consideração nas discussões
jurídicas que envolvem pessoas com esses marcadores.
Ao
avaliarmos essas nova discussão, as associadas do GEPEM concluiu que seria
adequado discutir Feminismo Negro e interseccionalidade integrados visto que
esta é uma ferramenta de análise pautada pelo Feminismo Negro. Com isso,
ratificamos o protagonismo das mulheres negras, considerando os custos da
opressão pela parcialidade dos estudos de gênero ao longo de todos esses anos.
Texto
01: CRENSHAW,
Kimberle. A intersecionalidade da discriminação de raça e gênero.
Texto 02: CARNEIRO,
Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a
partir de uma perspectiva de gênero.
Videos de Lélia Gonzalez:
Videos de Lélia Gonzalez:
5- Projeto Memória – Lélia Gonzalez: o
feminismo negro no palco da história - https://www.youtube.com/watch?v=7YYdb6Cl-Mk
28/06 – Feminismo negro II
Texto
01: hooks, bell. Mulheres Negras Moldando a Teoria Feminista, 1984.
Texto 02: WERNECK, Jurema (org.) Mulheres Negras na primeira
pessoa. Porto Alegre, Redes Editora, 2012. Introdução e CEDENPA-PA, p.13-16;
51-66
Vídeo: O futuro do futuro – Jurema Werneck – TEDx – Goiânia
- https://www.youtube.com/watch?v=LzUq2qTpmFw