segunda-feira, 7 de março de 2016

ESTUDOS SOBRE FEMINISMOS - GEPEM/UFPA - CALENDÁRIO DE ESTUDOS 2016



ESTUDOS SOBRE FEMINISMOS- GEPEM/UFPA - CALENDÁRIO DE ESTUDOS 2016

PLANO DE METAS 

LINHAS DE PESQUISAS – GEPEM
I SEMESTRE 2016

APRESENTAÇÃO

       Prosseguindo nas atividades de estudos, pesquisa e extensão com base nas sete Linhas de Pesquisa que estruturam o GEPEM/UFPA, as/os associadas/os desse grupo acadêmico reuniram-se para escolher um tema que contemplasse as demandas teóricas e práticas do contexto atual em que se desenvolvem as discussões sobre a situação das mulheres e gêneros em todos os âmbitos da conjuntura brasileira. Dessa forma, desde janeiro do corrente ano, as reuniões entre as/os associados/as trouxeram significativos debates e pontos de discussão, culminando na escolha do tema FEMINISMOS para desenvolver os seminários mensais dos/as interessados/as nesses estudos. Objetiva-se conhecer e reconhecer as particularidades e similaridades do enfoque, assim como compreender quais teorias, correntes e pensamentos sociais, culturais, políticos e econômicos influenciaram a teoria feminista. E trouxeram para o campo da prática processos pontuais de desafios constituindo-se em ações que têm propiciado a luta e a conquista dos direitos das mulheres e gêneros.  
     Os seminários iniciarão neste mês de março e contemplarão alguns/as autoras/es que têm marcado a discussão teórica em nível nacional e internacional. As temáticas específicas que nortearão esses estudos, além dos dias da semana e do local estão registrados abaixo. Proposição e Realização são os lemas deste plano de metas.

Temas específicos:
1.   Feminismo e Liberalismo
2.   Feminismo Radical
3.   Feminismo Lésbico
4.   Feminismo Transgênero ou Transfeminismo
5.   Feminismo Ecológico ou Ecofeminismo
6.   Feminismo Interseccional
7.   Feminismo Negro


METODOLOGIA:
A metodologia dos estudos será: leitura e discussão de textos teóricos sobre os temas, além da exibição de vídeos, roda de conversa com pessoas ligadas aos movimentos sociais que estejam integrados nestas discussões.
A metodologia é da Leitura Dirigida:  leitura do texto  previamente fornecido as/aos participantes, sobre o assunto a ser estudado, enfocando o tema a ser lido. A leitura é individual, sendo comentada sistematicamente, com supervisão de um/a coordenador/a. No final, este/a faz a síntese das ideias levantadas, ressaltando os pontos chaves a serem observados.


   
  1. DATAS SEMANAIS:
Terças feiras (duas mensais)
  2.  HORÁRIO:
14:00h às 17:00h
  3.   LOCAL:
Sala do GEPEM (IFCH/Campus Universitário do Guamá)

INSCRIÇÃO : As//aos que estão interessados no tema, as inscrições poderão s er feitas pelo email secretariagepem@gmail.com 
ou na sala do GEPEM na hora inicial do seminário.

Obs. Neste post está registrada a programação dos meses de março e abril.

Calendário das Linhas de Estudo do GEPEM
(I Semestre – Março e Abril )
Textos e Vídeos
MARÇO
15/03 – Introdução ao pensamento, estudos e teorias feministas. Feminismos ou movimento de mulheres? Cf. Outhwaite, William; Bottomore, Tom; Gellner, Ernest; Nisbet, Robert; Touraine, Alain. Dicionário do pensamento social do Século XX — Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Ed., 1996.
Vídeo: Nós deveríamos todos ser feministas- Chimamanda Ngozi Adichie- https://www.youtube.com/watch?v=fyOubzfkjXE

Texto 01: Re-criando a categoria (mulher), Adriana Piscitelli, 2001

Texto 02: PINTO, Celi Regina Jardim. Feminismo, História e Poder. In: Revista de Sociologia e Política. V.18, n36: 15-23, jun.2010. http://www.scielo.br/pdf/rsocp/v18n36/03.pdf

(Ver On line) <<Movimento de mulheres>>

29/03 – Estudo sobre Feminismo e Liberalismo
Texto 01: CYFER, Ingrid. Liberalismo e Feminismo: igualdade de gênero em Carole Pateman e Martha Nussbaum.In: Revista de Sociologia e Política. V. 18, n36, 135-146, jun.2010.

Texto 02: DA SILVA, André Luís, VENTURA, Raissa Wihby e Kritsch, Raquel. O Gênero público: críticas feministas ao liberalismo e seus desdobramentos. In. Mediações. Londrina, V. 14, no 2, p. 52-82, Jul/Dez, 2009. 

ABRIL

12/04 – Estudos sobre Feminismo Radical
Texto 01: ROWLAND, Robyn; KLEIN, Renate. Radical Feminism: History, Politics, Action. In: Radically Speaking: Feminism Reclaimed. North Melbourne, Victoria: Spinifex Press, 1997. p. 9-17 (texto original). “Feminismo radical – História, Política e Ação (parte)”. Tradução Maria da Silva. Ver em: https://materialfeminista.milharal.org/2013/07/25/traducao-feminismo-radical-historia-politica-acao-parte/
Leitura de imagens referentes ao Feminismo radical. Exemplo às imagens abaixo (outras podem ser inseridas).
VídeoLierre Keith (escritora norte-americana, feminista radical e ambientalista) comenta sobre as diferenças entre o pensamento liberal e o radical: https://www.youtube.com/watch?v=YkXrS0NnQM0

26/04 – Estudos sobre Feminismo lésbico
Texto 01: RICH, Adriene. Compulsory Heterosexuality and Lesbian Existence. In: GELP, Barbara C. & GELP, Albert (editores). Adriene Rich’s Poetry and Prose.New York/London: W.W. Norton& Company, 1993.
Texto 02: BRANDÃO, Ana Maria. Lesbianismo, Feminismo e Activismo Gay: alianças difíceis. In: LES Online. Vol.1, n.1, 2009. Cf. http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/9977/1/Lesbianismo%2c%20feminismo%20e%20activismo%20gay.PDF
Texto 03: MAGALHÃES, Maria José. Feminismos e Lesbianismo: Derrubando o mito da Lavande menace. In: LES Online. Vol. 1, n.2, 2010. Cf. https://www.researchgate.net/publication/259577566_Feminismos_e_lesbianismo_Derrubando_o_mito_da_Lavender_Menace
VÍDEO:  Visibilidade de Mulheres Lésbicas e Bissexuais - https://www.youtube.com/watch?v=NEyIKJZhze0

sábado, 5 de março de 2016

I ENCONTRO DE MULHERES DA UFPA – (04 a 08/03/2016)


       O tema maior do evento "O protagonismo das mulheres na Amazônia: mais direitos, menos retrocesso" trouxe importantes exposições sobre esse assunto. A segunda mesa do dia 04/03, apresentou o sub-tema "História da luta feminista na Amazônia". Convidada para uma exposição sobre esse sub-tema, a Profa. Luzia Álvares (GEPEM) explicou, primeiramente, que ela apresentaria o tema sobre a Amazônia paraense visto não haver pesquisa nesse assunto sobre a Região como um todo. Em seguida, procurou avaliar o conceito de feminismo e de movimento de mulheres (considerando os resultados de sua pesquisa "Os Movimentos de Mulheres e Feministas e sua atuação no avanço das carreiras femininas nos espaços de decisão política - CNPq n.º 402969/2008-1)
      Utilizando-se do enfoque do Dicionário do Pensamento Social do Século XX  (org, Outhwaite, Bottomore et ali, Zahar, 1993) evidenciou que os autores tratam de divergências entre as ações dessas categorias. O movimento de mulheres antecede ao feminismo e pode ser diferente deste. "São movimentos sociais que exibem uma heterogeneidade de objetivos e formas de associação ou de organização".  Há referências históricas que apontam para esse "modus operandi" desses movimentos. Desde Maomé, dizem os autores, é possível ver mulheres lutando contra as proibições para comercializarem. (p. 493).
     Quanto ao feminismo, são encontradas no século XIX, primeiro como força ideológica e política, sendo usado esse termo por militantes pelos direitos das mulheres.
     Na exposição, a profa. Luzia definiu, primeiramente, o que considera feminismo e em seguida, apresentou seu modo pessoal de tratar do tema partindo de sua experiência pessoal na descoberta dos modelos femininos e seus questionamentos, de seu ativismo e do que, na história do Pará pode ser considerado feminismo, partindo da ação dos movimentos de mulheres.

1.      Feminismo e seus conceitos
      É uma ideologia formada por um conjunto de ideias estruturadas no âmbito teórico-cultural-institucional-pessoal das sociedades, que foi incorporada pelas mulheres na luta por seus direitos e por se fazerem reconhecidas enquanto pessoas humanas.

    E um movimento social, filosófico e político que tem como objetivo direitos equânimes (iguais) e uma vivência humana por meio do empoderamento feminino e da libertação de padrões opressores patriarcais, baseados em normas de gênero. Envolve diversos movimentos, teorias e filosofias que advogam pela igualdade entre homens e mulheres, além de promover os direitos das mulheres e seus interesses

2.      Experiência pessoal - por que sou diferente dos meus irmãos? – conceito de ser mulher dentro de um modelo do ser feminino questionado anos  depois.

3.      Experiência política - em uma história de ativismo nos movimentos sociais e de mulheres em Belém – década de 1980 - na luta pelos presos políticos em que suas mulheres permaneciam nna porta das prisões, com os movimentos para que a polícia não tirasse os presos de lá e sumisse com eles.

4.      Experiência acadêmica – pós-graduação sobre a presença das mulheres nas atividades políticas e partidárias – pesquisa sobre as Ligas femininas partidárias na Primeira e Segunda República, no Pará, sobre o sufragismo em Belém – e minha presença intensiva nos movimentos de mulheres -  desde meados e final da década de 1980

5.      Experiência de objetivo de vida – hoje vive o feminismo através do processo de disseminação da cultura política anti-sexista (machista) que domina a sociedade ao explorar os modelos de mulheres e homens criados pelo patriarcado, hoje tratado como patriarcado contemporâneo.


AS VÁRIAS FORMAS DE ATIVISMO FEMININO EM BELÉM E NO PARÁ (há algum tempo)

a)      Das operárias em busca de melhorias de sua condição de trabalho e salários – greves – década de 1910-1920
b)      Do movimento sufragista na década de 1930 – e a organização das mulheres trabalhadoras em função das mudanças na legislação trabalhista e a organização do Departamento Paraense pelo Progresso Feminino – DPPF (presidido por Elmira Ribeiro Lima) integrado à FBPF – Federação Brasileira pelo Progresso Feminino organizado por Bertha Lutz e cuja assessora era a advogada Orminda Ribeiro Barros – nascida em Manaus, mas criada e formada em Belém (professora de grego no Colégio Paes de Carvalho);
c)      Dos Clubes de Mães – criados na década de 1970 e em seguida apropriados pelos movimentos sociais transformando-se em Movimento do Custo de Vida, conhecido pelo caráter de mobilização contra a ditadura. Em plena ditadura militar, o Movimento do Custo de Vida enfrentou a repressão na Praça da Sé, contestando o regime militar. (Movimentos e Movimento de Mulheres: O Caso do Clube de Mães da Baia do Sol – Josinete Pereira Lima – TCC 2000/DCP/IFCH/UFPA);
d)      Dos movimentos de mulheres de associações cristãs (ACF, MOPROM) e Clube de Mães, mulheres de Conselhos municipais, associações de mulheres de partidos (UBM, MMCC), do movimento negro (- CEDEMPA -Nilma Bentes, Fátima Silva) e do Fórum paraense – década de 1980 (1986);
e)      Dos grupos de estudos sobre a questão da mulher em meados da década de 1990; criação do GEPEM/UFPA(1994) e integração com os movimentos de mulheres – através da FASE, do MAMA, do FMAP;
f)      Da articulação dos Fóruns com os movimentos de mulheres e as pesquisadoras integradas aos estudos e pesquisas sobre a situação das mulheres e neste momento incluindo-se à teoria de gênero na perspectiva feminista – teoria crítica feminista – ver como a antropologia clássica tratava da teoria de gênero – Mireya Suárez;
g)      Criação de inúmeros movimentos de mulheres no Pará – das várias áreas; das várias ideologias (liberal, socialista, emancipacionista).
h) Organização  pelo GEPEM, na UFPA, de quatro "Encontro Amazônico sobre Mulheres e Gênero".

h)      A MAIORIA DOS MOVIMENTOS DE MULHERES NÃO REGISTRA O DE SER FEMINISTA MAS SEMPRE TRATOU DOS DIREITOS DAS MULHERES.


        No momento atual – na efervescência dos debates para enfrentar a desigualdade em direitos, o movimento feminista se inscreve em várias frentes. Hoje as feministas da Amazônia paraense (que são/estão nos movimentos de mulheres sem ostentar o termo), como as suas congêneres mundiais, estão em todas as frentes em que se faz necessário lutar pelos direitos humanos. Dizer que elas estão lutando só pelos seus problemas é estar de fora da filosofia feminista atual que tem um leque de demandas para criar o emblema do reconhecimento da diversidade. Lutamos pela incompetência da parcialidade dos direitos, lutamos contra uma cultura segregacionista, pela plena diversidade, lutamos pela amplitude do abraço a todos os seres humanos que estão sem direitos.

I ENCONTRO DE MULHERES DA UFPA  continua a sua programação até o dia 08/03 culminando com um ato público celebrando o Dia Internacional da Mulher (cf. http://emufpa.blogspot.com.br/)

quinta-feira, 3 de março de 2016

DIA INTERNACIONAL DA MULHER


DIA INTERNACIONAL DA MULHER 
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O VOTO FEMININO: QUE CIDADANIA QUEREMOS HOJE?


Tema do filme a ser debatido no 
CINE-GÊNERO
“Anjos Rebeldes” (Iron Jawed Angels, EUA, 2004, 125 min.) de Katja von Garnier, com Hilary Swank, Anjelica Huston, Vera Farmiga e outros. 

Dia 08 de março de 2016 (terça-feira)
Hora: 9:00 h 

Local: Auditório do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (altos) - Campus Universitário José da Silveira Neto - UFPA (Rua Augusto Correa, nº. 1)

Debatedoras/es :

Profa. Dra. Maria Luzia Miranda Álvares/GEPEM
Prof. Dr. Roberto Ribeiro Corrêa – FCS/IFCH
Dr. Igor Ferreira – Bel. em Direito/Crítico de cinemaNilson Sousa Filho – Mestrando em Ciência Política

APRESENTAÇÃO

O Dia Internacional da Mulher em 8 de Março, apresenta celebrações das variadas instâncias e órgão institucionais ou não, que procuram focar seus debates em temas específicos sobre esse gênero. Muito importante reconhecer que hoje esse dia é um marco para alguns desses grupos chamar a atenção da sociedade de que as mulheres existem.
Nosso grupo de estudos e pesquisas – GEPEM – como um dos celebrantes históricos, tem sido o veiculador de temas candentes ao ser convidado para organizar e/ou participar desses eventos. 

Nós também celebraremos essa data. Nossa atividade será através do cinema, procurando a sintonia entre os temas e o processo icônico da arte. Porque ler imagens” é criar significados dando sentido à escritura da realidade capturada, têm dito os antropólogos e, também, alguns cineastas comprometidos em documentar um “mundo histórico”, imprimindo sua “voz” na imagética auto-reflexiva. Como reprodutor de imagens em movimento, o cinema é visto através de vários ângulos, quer como ferramenta de impressão da ficção, quer como expressão documental da realidade. Quem dá sentido às imagens, entretanto, é o olhar do/a espectador/a evidenciando as representações e performances da escritura narrativa dessa arte. A cineasta e teórica Laura Mulvey (1975) discute a corrente principal da narrativa do cinema norte-americano que “fetichiza” a imagem feminina enquanto objeto de estímulo sexual. Trata-se de uma das principais referências sobre a discussão da representação do feminino.

O GEPEM, através do Cine-Gênero, exibirá “Anjos Rebeldes” (2004), filme que apresenta a luta das feministas norte-americanas que desde o final do Século XIX desafiaram as instituições para garantir a cidadania política das mulheres desse país, colocando-se em risco de vida para conquistar o direito do voto. 

A exibição será no dia 08/03 às 9h, no Auditório do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, com debate sobre o tema: O voto feminino: que cidadania queremos hoje”?

quarta-feira, 2 de março de 2016



SEMINÁRIO  
EMPODERAMENTO E
PARTICIPAÇÃO: MAIS
MULHERES PARAENSES
OCUPANDO OS ESPAÇOS DE
PODER E DECISÃO.